Apple 2026: o que muda com o iPhone 17, os novos AirPods e o Apple Watch - resenha crítica

Todo mês de setembro, o mundo da tecnologia volta os olhos para Cupertino, cidade sede da Apple na Califórnia. Em 2025, a Apple realizou mais um evento emblemático, revelando produtos que ditam tendências e moldam hábitos de milhões de consumidores. O lançamento do iPhone 17, dos AirPods Pro 3 com tradução simultânea e da nova geração de Apple Watches não foi apenas uma atualização de hardware, mas uma vitrine de como a empresa pretende posicionar seus dispositivos em um cenário dominado por inteligência artificial, saúde digital e conectividade global.
As novidades não se limitam a incrementos técnicos: cada produto chega acompanhado de mensagens sobre estilo de vida, produtividade e bem-estar. Para uns, trata-se de inovação genuína; para outros, apenas evolução incremental. O certo é que, a cada anúncio, a Apple reforça seu papel de referência cultural e tecnológica. Neste microbook, vamos destrinchar os principais lançamentos, entender seus diferenciais, limitações e o impacto que podem ter no dia a dia dos usuários.

iPhone 17: o novo padrão de smartphones 

O destaque absoluto do evento foi a linha iPhone 17. A versão padrão chega com melhorias significativas em design e desempenho. Entre os pontos mais celebrados está a tela Super Retina XDR com taxa de atualização ProMotion de até 120 Hz, bordas mais finas e proteção Ceramic Shield 2, prometida como o vidro mais resistente já usado em um celular.
Na parte interna, o chip A19 garante processamento mais rápido e eficiente, especialmente para aplicações que usam inteligência artificial. A câmera traseira de 48 MP, em sistema “Dual Fusion”, representa um salto para quem busca qualidade em fotos e vídeos sem recorrer ao modelo Pro. A câmera frontal, agora com Center Stage, acompanha automaticamente o usuário em chamadas de vídeo.
Outro detalhe importante foi o aumento no armazenamento mínimo para 256 GB, um movimento que elimina o modelo de 128 GB e pressiona a concorrência. As novas cores — preto, lavanda, azul-névoa, sálvia e branco — também reforçam o apelo estético.
Embora não seja uma revolução, o iPhone 17 consolida a estratégia da Apple: oferecer upgrades consistentes que mantêm a linha como referência de mercado, ao mesmo tempo em que prepara o terreno para futuras inovações mais disruptivas, como o esperado iPhone dobrável.

iPhone 17 Pro: potência de ponta

Para usuários exigentes, o iPhone 17 Pro e Pro Max representam o ápice da engenharia da Apple. Ambos trazem o chip A19 Pro, mais poderoso e eficiente, projetado para lidar com tarefas de alto desempenho como jogos complexos, edição de vídeo em 4K e processamento de modelos de IA diretamente no dispositivo.
O conjunto de câmeras triplo, chamado “Fusion Pro”, combina três lentes de 48 MP (principal, ultra-wide e telefoto). A Apple reforçou o poder do zoom óptico, especialmente no modelo Pro Max, tornando o dispositivo uma alternativa portátil a câmeras profissionais.
O design também se destaca. O uso de titânio e vidro reforçado dá ao Pro uma combinação de leveza e robustez. A tela conta com brilho recorde, melhorando a legibilidade em ambientes externos. Outro detalhe é a otimização do consumo de energia, que prolonga a autonomia mesmo com hardware mais potente.
Mais do que apenas um telefone, o iPhone 17 Pro é posicionado como ferramenta de trabalho e criação de conteúdo, mirando profissionais de audiovisual, gamers e criadores digitais. Seu preço elevado reflete não só a tecnologia embarcada, mas também o status de produto premium no ecossistema Apple.

iPhone Air: leveza com poder

Uma das novidades mais comentadas foi o lançamento do iPhone Air, descrito pela Apple como o smartphone mais fino já produzido pela empresa. O modelo surge como alternativa intermediária entre o iPhone padrão e o Pro, mas sem perder desempenho.
Equipado com o chip A19 Pro, o Air oferece performance semelhante à versão mais cara, mas em um corpo significativamente mais leve e compacto. O design prioriza mobilidade e conforto, sem abrir mão de recursos como a tela ProMotion, a câmera de 48 MP e o Ceramic Shield 2.
A proposta é clara: oferecer ao consumidor uma opção “premium acessível”, que combina potência com portabilidade. O Air busca conquistar usuários que valorizam design e praticidade, mas não precisam do conjunto completo de câmeras do Pro.
Embora seu posicionamento de mercado ainda gere debates, o iPhone Air mostra como a Apple segmenta cada vez mais sua linha, criando perfis de usuários distintos. Para quem já utiliza iPads Air e MacBook Air, o novo modelo completa um ecossistema pensado para quem prioriza leveza sem perder desempenho.

AirPods Pro 3: tradução simultânea e saúde digital 

A terceira geração dos AirPods Pro trouxe um recurso que pode redefinir a comunicação global: a tradução simultânea ao vivo. Com um simples gesto ou comando de voz, os fones permitem que duas pessoas conversem em idiomas diferentes, com tradução imediata transmitida ao ouvido do usuário.
Inicialmente, o recurso está disponível em inglês, português, espanhol, francês e alemão, com previsão de expansão para mais idiomas ao longo do ano. A Apple destacou a integração com o iPhone e o iOS 26, que garante baixa latência e usabilidade fluida em viagens, negociações e experiências multiculturais.
Além disso, os AirPods Pro 3 apresentam o melhor Cancelamento Ativo de Ruído já desenvolvido pela empresa, qualidade sonora refinada e bateria de até 8 horas. Outro avanço é o sensor de frequência cardíaca, pensado para monitoramento durante exercícios físicos, integrando os fones ao ecossistema de saúde digital do Apple Watch e do iPhone.
Combinando entretenimento, bem-estar e inovação linguística, os AirPods Pro 3 reforçam a aposta da Apple em transformar acessórios em hubs de experiência tecnológica.

Apple Watch Series 11: foco no sono e na longevidade

O Apple Watch Series 11 mantém a estratégia de unir design e saúde digital. A grande novidade foi o monitoramento avançado de qualidade do sono, que avalia não apenas a duração, mas também a profundidade e a regularidade dos ciclos. Essa métrica amplia a abordagem de bem-estar, antes centrada em atividade física e batimentos cardíacos.
A bateria de até 24 horas é outro destaque, fruto de otimizações no consumo de energia. A Apple busca reduzir uma das principais críticas ao relógio, permitindo mais tempo de uso sem necessidade de recarga.
Com integração ao iOS 26 e ao app Saúde, o Series 11 também fornece relatórios mais detalhados, que podem ser compartilhados com profissionais de saúde. O relógio se mantém como dispositivo essencial para quem busca acompanhamento diário e incentivo para hábitos mais saudáveis.
O design recebeu ajustes discretos, com novas opções de pulseiras e acabamento. Embora não represente uma revolução, o Series 11 reforça a posição do Apple Watch como referência no segmento de wearables, equilibrando estética e funcionalidade.

Apple Watch SE 3 e Ultra 3: acesso e performance 

Para ampliar seu alcance, a Apple apresentou duas atualizações complementares. O Apple Watch SE 3 chega como modelo de entrada, mas com recursos antes restritos a versões mais caras, como a tela Sempre Ativa e recarga duas vezes mais rápida. O app Sinais Vitais também foi atualizado, oferecendo informações mais completas sobre saúde.
Já o Apple Watch Ultra 3 reforça a linha premium para esportes e aventuras. Com bateria que ultrapassa um dia inteiro de uso, tela maior e mais brilhante e GPS de dupla frequência, o modelo é voltado para atletas, mergulhadores e praticantes de atividades extremas.
As duas versões mostram a estratégia da Apple de segmentar o público: de um lado, consumidores que querem preço mais acessível sem perder recursos essenciais; de outro, usuários que buscam desempenho máximo em ambientes desafiadores.

Conclusão 

O evento da Apple de setembro de 2025 confirmou uma tendência: mais do que lançar produtos, a empresa cria narrativas sobre como a tecnologia deve estar presente em cada aspecto da vida. O iPhone 17 e suas variantes consolidam a liderança no mercado de smartphones, enquanto os AirPods Pro 3 inauguram um recurso de tradução simultânea que pode mudar interações pessoais e profissionais. O Apple Watch, por sua vez, reforça seu papel como aliado da saúde e do bem-estar, ampliando métricas e desempenho.
Apesar das críticas sobre preços elevados e inovações incrementais, a Apple demonstra consistência em evoluir seus dispositivos de forma coordenada, fortalecendo o ecossistema. Cada produto apresentado não se sustenta sozinho: faz parte de uma rede integrada que conecta comunicação, entretenimento, saúde e produtividade.
Para consumidores, as novidades representam tanto conveniência quanto desafios: decidir quando atualizar e quanto investir. Para o mercado, são um lembrete de que a Apple continua a ditar tendências, seja ao aperfeiçoar tecnologias existentes, seja ao criar novas expectativas. O futuro próximo — com rumores de iPhone dobrável e novas fronteiras em realidade aumentada — mostra que a empresa ainda não esgotou sua capacidade de surpreender.